segunda-feira, 15 de outubro de 2012

História da Educação Especial





De acordo com Mazzota (1996) o atendimento educacional de pessoas
portadoras de necessidades especiais, até o século XVIII, era basicamente ligado ao
misticismo e ocultismo, não havendo base científica para o desenvolvimento de
noções realistas. O conceito de diferenças individuais não era compreendido ou
avaliado.
A própria religião, com toda sua força cultural, ao colocar o homem como
imagem e semelhança de Deus, ser perfeito, inculcava a idéia da condição humana como incluindo perfeição física e mental. E  não sendo parecidos
com Deus, os portadores de deficiência (ou imperfeições) eram postos à
margem da condição humana. (MAZZOTA, 1996, p.16)
Uma modificação dessa concepção de deficiência só foi possível quando houve
a modificação do sistema econômico. Isto possibilitou que determinadas pessoas
abrissem espaços nas várias áreas da vida social para a construção de
conhecimentos e alternativas de atuação com vistas  à melhoria das condições de
vida das pessoas portadoras de necessidades especiais.



Mazzota (1996) afirma que até o século XIX diversas expressões eram
utilizadas para referir-se ao atendimento aos portadores de deficiência: Pedagogia
dos anormais, Pedagogia Teratológica, Pedagogia curativa ou Terapêutica,
Pedagogia da Assistência Social, Pedagogia emendativa. Algumas dessas
expressões, ainda hoje são utilizadas.
Sob o título de Educação de deficientes encontram-se registros de
atendimentos ou atenção com vários sentidos: abrigo, assistência, terapia
etc. daí dever revestir-se de extremo cuidado a seleção de medidas e ações
educacionais destinados aos deficientes. (MAZZOTA, 1996, p.17)
Segue abaixo um pequeno histórico das figuras eminentes para a Educação
Especial entre os séculos XVII e XIX (MAZZOTA, 1996).
►Jean Paul Bonet lançou o primeiro livro sobre educação de deficientes na
França: Redação das Letras e Arte de Ensinar os mudos a Falar (1620).
►Abade Eppée fundou a primeira instituição especializada para educação de
“surdos-mudos” em 1770 na França. Inventou também o método de sinais. Sua obra
escrita mais importante foi publicada em 1776, intitulada A verdadeira maneira de
Instruir os surdos-mudos.►Valentin Háüi fundou em Paris o  Instituto Nacional dos jovens cegos em
1784.
►Louis Braille, um jovem cego francês estudante do  Instituto Nacional dos
Jovens Cegos, inventou o método Braille em 1829.
►Nos Estados Unidos, a primeira Escola pública para surdos foi a American
School, de West Hartfrd. Connecticut, fundada em 1817, pelo Reverendo Thomas
Galludet.

Segundo Coll e cols. (2004) até a primeira metade do século XX, o termo
deficiência era entendido como um problema de herança genética, ou seja, algo que
não mudaria ao longo da vida. Acreditava-se que aquele que nascia com algum
déficit sensorial ou mental estava condenando a viver com essas limitações.
Pensava-se que as pessoas eram deficientes somente por condições metabólicas.
Essa concepção fez com muitas deficiências fossem tratadas como doenças que
deveriam ser catalogadas, divididas em classes; e diagnosticadas por médicos e/ou
profissionais ligados a saúde.
Com o passar dos anos, apesar de estas categorias terem se modificado, a
deficiência continuou sendo entendida como um problema orgânico, com poucas
possibilidades de mudança, mesmo com tratamentos a longo prazo







Webgrafia: http://www.unisalesiano.edu.br/encontro2009/trabalho/aceitos/CC00614563909.pdf

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